Fundador do 13º Grupo Escoteiro Cristo Redentor
(*07/06/1925 - †01/01/2010)
(*07/06/1925 - †01/01/2010)
HISTÓRIA DO FUNDADOR
Pe. Caetano Minette de Tillesse (Gaëtan Minette de Tillesse, em francês), nasceu em Neder – Ockerzeel, perto de Bruxelas, na Bélgica, aos 07/06/1925, filho mais novo de Georges Minette de Tillesse e da Baronesa Algusta de Heusch de La Zangrye , ambos de sangue aristocrata, teve duas irmã Jeanne Nadinne, e uma outra que morreu quando tinha 13 meses de nascida. Teve três tios e quatro tias por parte de pai, sendo que uma tia tornou-se freira. Pelo lado da mãe teve quatro tias.
Caetano quando foi escoteiro, em sua infância passou por muitas dificuldades, mesmo os pais sendo de boa condição, passou muitas privações devido a situação da Europa na época. Segundo Caetano, os dias mais felizes de sua infância passou na casa dos Tillesses, morada da família. Depois de concluir seus estudos, foi servir como voluntário na segunda guerra mundial ao lado dos Estados Unidos, mas ao voltar da guerra entrou no mosteiro cisterciense Trapista de Orval (Bélgica), aos 11/02/1946 e lá ficou até março de 1968, onde passou 22 anos em silêncio e oração. Perdeu seu pai quando estava no mosteiro, durante o noviciado aos 22 de outubro de 1946. Quando sua mãe e sua irmã Nadine faleceram ele já estava no Brasil.
Estudou Filosofia e Teologia no mosteiro. Em 1952 foi enviado a Roma para fazer licenciatura em teologia na Faculdade Gregoriana. Logo depois ingressou no Instituto Bíblico em 1956. Voltando para o mosteiro passou a ensinar Bíblia durante onze anos. No mosteiro sente a necessidade de intensificar toda sua experiência com o povo pobre e humilde. Vem para o Brasil juntamente com seu companheiro Noberto, que após algumas experiências pastorais com Caetano, decide voltar à Bélgica.
Em 28/03/68 chega ao Brasil, onde foi acolhido no mosteiro de São Bento, Salvador. Em Salvador teve uma experiência pastoral trabalhando na favela pau miúdo. Em novembro do mesmo ano chega em Fortaleza Ceará , ele é cogitado para assumir uma paróquia no centro nobre de Fortaleza, já que se tratava de um intelectual, europeu, seria de grande valia ao público dessa região, mas Pe. Caetano rejeita qualquer iniciativa desse gênero, prefere procurar o Bairro mais pobre e encontra o Pirambú (hoje Cristo Redentor) e se encanta, no meio dos pobres sente que Deus quer algo novo, ou seja, uma nova forma de vida consagrada suscitada pela ação do Espírito Santo.
No Bairro Pirambú onde deu continuidade ao trabalho de evangelização iniciado pelo Pe. Helio Campos, com quem conviveu pastoralmente. Conhece o movimento RCC Renovação Carismática católica, onde se identifica com a forma espontânea e nova de viver a fé e adere, foi também um grande incentivador e motivador deste movimento, mesmo sofrendo muitas perseguições por parte de uma outra linha de pensamento da Igreja. No Pirambú viu a necessidade de ajudar muitas crianças pobres chegando a adotar mais de 30 crianças, ajudou a trazer vários benefícios para o Pirambú: como colégios, creches, ruas e etc, mas seu grande sonho morrerá sem ver, era criar no Pirambú um colégio profissionalizante para forma os jovens deste Bairro.
Em 16/01/1981 funda o Instituto Religioso Nova Jerusalém, tendo como carisma essencial o estudo aprofundado e urgente da Bíblia, pois via a necessidade do povo católico de conhecer a Bíblia, atendendo o desejo do Concilio Vaticano II, que incentivava os católicos a lerem a Bíblia. A urgência de uma nova evangelização pregada pelos bispos latinos-americanos nos encontros em Medellín, Puebla e Santo Domingo, onde defendiam uma forma de evangelização especifica para a América Latina, despertou Caetano o anseio a esse desafiou, sendo a Nova Jerusalém nascida com esse intuito, evangelizar a partir da Palavra de Deus, única capaz de recriar o Homem, desfigurado pelo pecado.
Alguns jovens (rapazes) depois de muita oração sentiram o desejo de fazer uma experiência de vida comum, partindo de uma profecia que dizia que faria deles uma nova Jerusalém, daí nasce a NJ masculina e posteriormente o ramo feminino com a ajuda da irmã Flora Maria, conhecida como Maria dos anjos.
É exegeta e autor da Revista Bíblica Brasileira - RBB; onde aborda temas bíblicos e teológicos, procurando “transculturar” a revelação divina, isto é, compreendê-la na sua globalidade essencial, Antigo e Novo Testamento e traduzi-la globalmente na linguagem das diversas culturas (1Cor 9, 19-23), no meio do povo mais pobre, marginalizado e humilde do Pirambú.